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  1. CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

    sexta-feira, 11 de novembro de 2011

    (Itabira: 31/10/1902 – Rio de Janeiro: 17/08/1987)


    Maristela Impellizieri Ribeiro Aubin

    Quem teria escrito: “Todo ser humano é um estranho ímpar”
    sob os pseudônimos Antônio Crispim ou Barba Azul?
    Quem ousou ditar “O amor é grande e cabe
    no breve espaço de beijar?”
    E de si alinhava: “a incerteza de tudo na certeza de nada...”
    Por isso “sou triste, orgulhoso: de ferro”.
    CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE.
    Drumm-Ond: Alta Onda.
    Vivo. Imortal. Florescente. Transcendente. Sempre, como sempre,
    patrimônio cultural.
    Mineiro exercício de ação humanitária.
    “A cavalo de galope”,
    é preciso seguir Drummond,
    para encontrar o fantástico mundo das letras,
    sem fronteiras, ditado
    pela beleza das formas e
    clareza de sentimentos.
    Eclético e versátil, ele escolhia.
    Podia preferir.
    E assim fazendo, surgia de dentro de si
    O Iluminado,
    Senhor do Vocábulo
    Erudito, Popular, Irreverente, Ardiloso,
    Sutil, Corajoso, Bizarro, Singular,
    construindo, em prosa e verso,
    monumentos literários,
    sem ter “A Paixão Medida”.
    Carismático, a “viajar entre o já-foi e o não-será”.
    Fascinante, por “a ausência é um estar em mim”.
    Racional (ou louco de si mesmo), ao declarar:
    “Eu te amo porque não amo bastante
    Ou demais a mim...”
    É preciso aprender de Drummond
    “Duas riquezas: Minas e o vocábulo.
    Ir de uma a outra, recolhendo
    o fubá, o ferro, o substantivo, o som”.
    É preciso apreender de Drummond:
    “Canção eterna solta aos ares... por sobre as Ondas Altas dos Vocábulos”.

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