Antônia Izanira Lopes de Carvalho
Não é surpresa para quem acompanha os meios de comunicação, a chamada que vem sendo veiculada para que o jovem se engaje na carreira do professor. Existe até aquele da TV, em que de maneira inteligente, leva o povo a acreditar que o maior responsável pelo desenvolvimento de um país é o mestre. Para mim não é surpresa, visto que sempre acreditei nisso e por isso eu o fui por quarenta anos e ainda sinto saudades da sala de aula.
Contudo, o problema da situação do professor não é tão fácil assim. Há uma desvalorização crescente em todos os sentidos, quando se trata dessa profissão, base de formação para todos que desejam seguir outra carreira, pois não há nem haverá base para outras sem que qualquer candidato a profissional passe primeiro pela dedicação de um mestre. Lembro-me de que certa vez, ao fazer uma palestra para os rotarianos, um amigo ali presente, Dr. Altair de Carvalho, confessou--se surpreso pelo orgulho ao me confessar ser professor, afirmando que na atualidade havia certo acanhamento por parte deles de se confessarem como tal.
Se por razões diversas, o Brasil se vir numa contingência em que os professores venham a desertar completamente, aí sim, haverá um clamor social sobre essa figura extraordinária e mal valorizada do mestre. Pode-se atestar que esse é o caminho, ao se verificar o número de candidatos que surgem no vestibular para a carreira do magistério. Para meu desgosto, soube que um curso, um dos mais bonitos na formação cognitiva e afetiva do educando não teve o número de alunos para preenchimento de uma turma. Lastimável porque o curso de Letras fornece meios cognitivos e afetivos que conduzem o individuo a uma cidadania plena.
O entrosamento enriquecedor exercido pelo professor e aluno, ao que parece, vem se perdendo, para a tristeza de quem assistiu a outros comportamentos. Em tempos passados, o respeito dada figura do professor era de outra dimensão. Hoje, um dos maiores problemas que esse profissional sofre é a falta de respeito, de disciplina que impera nas salas de aulas, chegando-se ao exagero de alguns pedirem proteção por sua integridade física.
Todos, sem exceção, tiveram em sua vida um professor que foi marcante para sua personalidade, fosse pelo alto grau de conhecimento, fosse pelo carisma e liderança com que eles se impunham. O fato é que nesta semana, precisamente na quarta feira, a Folha de São Paulo mencionou o problema, nostrando-o como um dos futuros problemas do Brasil. Surpresa para quem? Acredito que para ninguém, pois se há necessidade de vida decente, de livros como apoiamento, de cursos de extensão para as atualizações, o docente necessita de salário digno. E que salário tem o professor? Indecente, esta é a palavra de ordem que cobre de vergonha aqueles que deveriam valorizar a base maior da nossa educação.
Claro está que o jovem irá em busca de status e de muito dinheiro, de respeitabilidade no seio social. A humanização, o desfazer dos nós da vida, desfeitos pelo professor idealista não importa a quem não tem o ideal de dedicar a um país para retirá-lo das trevas da ignorância. Mas, ainda se pode contar com o ideal dos que pensam diferentemente e ainda amam o contato amistoso, estreitador de laços para sempre, somente fornecido pelo professor amigo.
Não é surpresa para quem acompanha os meios de comunicação, a chamada que vem sendo veiculada para que o jovem se engaje na carreira do professor. Existe até aquele da TV, em que de maneira inteligente, leva o povo a acreditar que o maior responsável pelo desenvolvimento de um país é o mestre. Para mim não é surpresa, visto que sempre acreditei nisso e por isso eu o fui por quarenta anos e ainda sinto saudades da sala de aula.
Contudo, o problema da situação do professor não é tão fácil assim. Há uma desvalorização crescente em todos os sentidos, quando se trata dessa profissão, base de formação para todos que desejam seguir outra carreira, pois não há nem haverá base para outras sem que qualquer candidato a profissional passe primeiro pela dedicação de um mestre. Lembro-me de que certa vez, ao fazer uma palestra para os rotarianos, um amigo ali presente, Dr. Altair de Carvalho, confessou--se surpreso pelo orgulho ao me confessar ser professor, afirmando que na atualidade havia certo acanhamento por parte deles de se confessarem como tal.
Se por razões diversas, o Brasil se vir numa contingência em que os professores venham a desertar completamente, aí sim, haverá um clamor social sobre essa figura extraordinária e mal valorizada do mestre. Pode-se atestar que esse é o caminho, ao se verificar o número de candidatos que surgem no vestibular para a carreira do magistério. Para meu desgosto, soube que um curso, um dos mais bonitos na formação cognitiva e afetiva do educando não teve o número de alunos para preenchimento de uma turma. Lastimável porque o curso de Letras fornece meios cognitivos e afetivos que conduzem o individuo a uma cidadania plena.
O entrosamento enriquecedor exercido pelo professor e aluno, ao que parece, vem se perdendo, para a tristeza de quem assistiu a outros comportamentos. Em tempos passados, o respeito dada figura do professor era de outra dimensão. Hoje, um dos maiores problemas que esse profissional sofre é a falta de respeito, de disciplina que impera nas salas de aulas, chegando-se ao exagero de alguns pedirem proteção por sua integridade física.
Todos, sem exceção, tiveram em sua vida um professor que foi marcante para sua personalidade, fosse pelo alto grau de conhecimento, fosse pelo carisma e liderança com que eles se impunham. O fato é que nesta semana, precisamente na quarta feira, a Folha de São Paulo mencionou o problema, nostrando-o como um dos futuros problemas do Brasil. Surpresa para quem? Acredito que para ninguém, pois se há necessidade de vida decente, de livros como apoiamento, de cursos de extensão para as atualizações, o docente necessita de salário digno. E que salário tem o professor? Indecente, esta é a palavra de ordem que cobre de vergonha aqueles que deveriam valorizar a base maior da nossa educação.
Claro está que o jovem irá em busca de status e de muito dinheiro, de respeitabilidade no seio social. A humanização, o desfazer dos nós da vida, desfeitos pelo professor idealista não importa a quem não tem o ideal de dedicar a um país para retirá-lo das trevas da ignorância. Mas, ainda se pode contar com o ideal dos que pensam diferentemente e ainda amam o contato amistoso, estreitador de laços para sempre, somente fornecido pelo professor amigo.
Sempre nos pegamos falando dos tempos em que as relações professor-aluno eram diferentes. Sugiro que consideremos que vivemos muito tempo na égide do regime militar. Hoje temos uma relação mais livre e o profissionalismo tem demandado mais preparo tendo em vista a própria mudança do perfil da criança, do jovem e do adolescente. Outrossim, temos normas como a própria CF, o ECA e a LDB que imperam que o(a) docente esteja preparado(a) para esta profissão.
Já disse Miguel Arroyo que "Educação é um lote vago" onde se entram engenheiros e bacharéis para complementarem suas rendas e Içami Tiba nos lembra que "quem ama cuida" e "educar é um gesto contínuo", sensibilidades imprescindíveis para o sucesso na formação de uma pessoa.
Lecionar não é um fim em si mesmo, neste diapasão, Celso Antunes já asseverara "quem me dera se os professores, em vez de lançarem nos seus diários o conteúdo ministrado, lançassem 'conteúdo aprendido'". Ou não.
E vamos falar de educação.
Leciono Gestão de Negócios no IFMG/GV.