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  1. Novos Caminhos

    sexta-feira, 19 de outubro de 2012



    Aluízio Henrique da Costa Franklin
    Patrono: Machado de Assis

    Literalmente. Novos bairros e novos acessos estão proporcionando crescimento horizontal da nossa cidade. Contudo, mais do que isso, o que nos alegra e enche de entusiasmo é o fato de que bons motivos destas expansões é a Educação e o devido valor que a Administração da nossa cidade vem dando a ela.
    Em 2009, fomos presenteados com o lançamento da pedra fundamental da construção do campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, na (expansão da) avenida Minas Gerais. Mais precisamente no bairro Ouro Verde, após o Cidade Nova.
    Neste dia 02 último, participamos do lançamento da pedra fundamental da construção do campus avançado da Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF, em terreno doado pela família do empresário Edvaldo Soares, no interior da sua fazenda, há 6 km da BR-259, próximo ao trevo da av. Minas Gerais. Certamente, em pouco tempo, teremos unidades residenciais naquelas proximidades. Por hoje, contemplamos um belo horizonte num platô que, nas palavras do Reitor Henrique Duque, será edificado o pavilhão de aulas.
    Quanto aos novos acessos, as escolas públicas municipais de Governador Valadares vêm recebendo um tratamento diferente das dos outros municípios, por sediarem o programa da Escola de Tempo Integral, permitindo que 24 mil crianças e adolescentes que as frequentam recebam 4 alimentações e permaneçam nos seus ambientes por 10 horas todos os dias, recebendo formação escolar, privilegiando o lúdico e dando maiores chances aos seus aprendizados.
    E no comecinho de 2010, recebemos o Polo da Universidade Aberta do Brasil, programa federal que oferece cursos superiores a distância, é vinculado à Capes e conta com a participação da UFMG. Com isso, cidades como Pescador, já têm curso superior de Administração Pública, oferecido pela UFOP.
    Finalmente mas não menos formidável, no ano passado, fomos presenteados com o lançamento da pedra fundamental da revitalização da Açucareira como ponto de cultura e entretenimento e da Biblioteca Municipal, que será erguida nas antigas instalações da Cadeia Pública, um paradoxo instigante e não menos inspirador.
    Vale lembrar que a vinda da UFJF insuflou a administração do nosso hospital regional (ou será municipal), que se tornará “Hospital Escola” para o curso de Medicina, cuja verba de manutenção será por conta da União, dando maior fôlego para nosso Orçamento, no que se refere a maiores atenções ás Unidades Públicas de Saúde. Além do que, tivemos a pedra fundamental da construção do (novo) hospital regional, que será erguido à custa do Governo de Minas, nas imediações do trevo para Pontal, já na BR-116.
    São bons rumos, novos caminhos, novos acessos. Há quem diga que Valadares converge para atender aproximadamente 2 milhões de pessoas. Graças a Deus, nossos políticos, em todas as instancias, Federal, Estadual e Municipal, têm deixado um legado divisor de águas: Educação e Saúde como novos caminhos para uma sociedade cidadã e saudável.

  2. Maria Luiza Camargos Torres
    Patrono: Ruy Barbosa


    Aos novos acadêmicos, Carlos Roberto, Darlan, Júlio César, Maria das Mercês, e Wagner. Que essa noite seja um marco em suas vidas de forma que possam guardar na memória e no coração todas as intenções de realizações que os trazem aqui e todas as expectativas que esta Academia deposita em cada um de vocês.
    São nossos desejos que se tornem verdadeiramente acadêmicos, cumprindo e respeitando as normas da Casa, defendendo seus interesses junto à comunidade, ocupando com dignidade os espaços sociais pertinentes a essa função, lutando com sensibilidade na divulgação dela e dos seus ideais e principalmente, ampliando o acervo literário e cultural de nossa cidade, ainda tão carente dos recursos das letras.
    Ser um acadêmico não significa somente usufruir das benesses dadas a quem carrega esse título, mas aumenta a sua responsabilidade e compromisso na esfera social e no campo literário. Para conquistar tal espaço é preciso trabalhar, pois essa é uma palavra de ordem que se avizinha por aqui. É para e por isso, que nesse momento, a AVL reconhece o aceite de vocês como cientes dessa tarefa e de suas implicações.
    O colegiado acadêmico, agora ampliado por vocês, representa um grupo que busca continuamente a produção do saber, registrando em suas linhas traços que possam refletir a nossa herança cultural. O crescimento pessoal e institucional deve ser o legado de vocês também, pois assim farão jus ao voto de confiança lhes concedido nesse momento solene e de muita alegria.
    Qualquer que seja o caminho que queiram seguir aqui dentro seja através dos poemas, das crônicas, dos ensaios, dos contos, das resenhas ou qualquer outra forma de produção no campo das letras, será recebida por nós de bom grado. Que sejam genuínos na escrita e que ela gere bons frutos nos leitores que terão a curiosidade de lê-los.
    Mas não se esqueçam, que a partir de hoje, qualquer publicação que façam, levará junto consigo o emblema da Academia. Isso será lido e comentado pelos pares, pela sociedade e por pessoas onde nem imaginam estar. O reflexo de suas palavras deve conter não somente as aspirações pessoais, mas levar junto com elas os anseios e propósitos dessa Casa.
    É por isso que estamos em festa, alegres com a escolha que fizeram por estar aqui conosco, por aceitar mais esse desafio que a vida lhes apresentou. Desafio sim, pois esperamos que as diferenças personificadas e trazidas por cada um de vocês sejam agregadoras e não gerem distanciamento. Esperamos que possam somar pessoal e literariamente a essa Casa que os recebe de braços abertos e os deseja uma feliz e produtiva estada.



  3. Maria Luiza Camargos Torres
    Patrono: Ruy Barbosa

    Estou assentada na varanda da minha casa e olho para você. Admiro sua majestade, embora jovem ainda. Eu a vejo linda, com esse verde que chega a brilhar. O rosa suave matizado de branco de suas flores parece uma pintura, agradável aos olhos e ao espírito. Como há pessoas que não gostam de árvores? Dão flores, frutos, folhas, sombras, renovam e refrescam o ar e embelezam a rua, o campo, o jardim, seja lá onde estiverem.
    Antes de te plantar, transportei-te no colo e te cantei um verso de amor. Era bem vinda na minha calçada e cuidaria muito para cresceres forte e bonita. Com carinho, coloquei-te numa cova úmida e estercada, regando-te na hora do plantio e ao longo desses anos. Acompanhei teus novos brotos com alegria e entusiasmo, celebrando a vida que insistia em continuar. Cerquei com tela teus primeiros galhos, tênues e incertos para que pudessem ser exuberantes. Arranquei as ervas que queriam competir contigo e não deixei que tirassem teu vigor. Eu te mirei de perto e de longe, com admiração. Vencemos, pensava eu. A vida nos deu a chance de sermos coadjuvantes nesse baile de cores. Agora, embora com uns três metros de altura, teus galhos são delicados e finos. Não comportam peso. Nasceram para compor uma cena para ser admirada, para abrigar pequenas aves, para ajudar o vento a soprar e refrescar nossos olhos e almas.
    Apesar disso, existem aqueles que não te veem assim. Arrancam tuas folhas, flores e quebram teus galhos. Passam e simplesmente tiram pedaços teus para em seguida jogarem adiante, no chão da mesma calçada. Que prazer estranho sentem essas mãos daninhas em desperdiçar tamanha vida? Que força estranha é essa que os impulsiona à degradação do seu próprio habitat? Ferem teu tronco e deixam a escorrer tua seiva verde e leitosa, como lágrimas silenciosas. Machucam-te lancetando em seu coração espadas finas como se fosse uma brincadeira.
    Imagino a dor que sentes com essas atrocidades mundanas. A cada agressão sofrida, uma tristeza na hora da constatação. Imagino o que sentiu nos últimos dias. De todas as vezes, essa foi a pior. Teu tronco foi tombado, puxado para fora da calçada, como se quisessem mesmo te arrancar. Quando te vi com galhas quebradas, quase chegando ao chão, minhas lágrimas disseram por mim o quanto meu coração doía. Quem poderia ter feito tamanha maldade? Pensei. Perguntas variadas vieram sem respostas e continuam assim até hoje. Quem? Por quê? Para quê? Tua dor se estampava nos rasgos da pele começando a ressecar com o sol.
    Só me restava mais uma vez, cuidar intensivamente de ti e te dar meu carinho para que não morresses. Foi então que cavei em volta do teu tronco, adubei, enchi de terra novamente para compensar o deslocamento que foi feito na hora do golpe. Amarrei uma corda em teu longo caule e te levei até a pilastra de minha varanda, para que pudesse te dar suporte nessa hora de incertezas. Parece que os curativos estão dando certo. Ao te admirar agora, vejo que sorris para mim, celebrando mais uma vez a força do amor e da vida.




  4. Maristela Impellizieri Ribeiro Aubin
    Patrono:Carlos Drummond de Andrade


    Maria das Mercês Meira de Alvarenga, Wagner Quaresma Damázio, Darlan Correa Dias, Júlio César Tebas de Avelar, Carlos Roberto Nascimento.

    Com que prazer os recebe a nossa Instituição! Sua presença fortalece o grupo que constitui a Equipe desta Casa de Leitura prazerosa, de Escrita consciente, de mágica Poesia... Bem Vindos!Produzir Literatura “é criar oásis com mãos, pena e papel; ocas de sonhos para nos abrigarmos das tempestades da vida”. (Edinara Leão) A Literatura quer sempre emergir e aflorar em novos estilos, novas identificações, em talentos que chegam e não mais vão embora. Um escritor nunca morre, quando deixa sua marca, através de suas obras, nas mentes daqueles que o leram e de si apreenderam sentimentos, cuidados, realidade, fantasia, sensibilidade, maturidade, além de, com certeza, suas atitudes, seus exemplos de vida, sua contribuição sensível para as pessoas, para o mundo, trazendo, na magia das palavras, ditas ou escritas, o milagre do amor e do otimismo, sempre propícios a tantos e a cada um.“RENASCER PARA SER” é o lema do logotipo da Instituição Cultural que identifica a “Academia Valadarense de Letras”. E Renascer é toda a história de uma semente, inclusive Literária: é vida que vem, por merecimento, pelo esforço de tentar voar mais alto, conquistar expressões próprias, inspiradoras, que alcancem leitores de todas as idades, de todos os grupos sociais, promovendo o acesso à cultura, formando sociedade leitora, produtora do ofício de escrever, passageira das viagens maravilhosas que o hábito da leitura proporciona às nossas vidas.Todo aquele que cultiva os dons com que foi agraciado, tornando-os fontes de benefício e aconchego, luz e repouso, caminho e refúgio, faz-se bênção. Bênção de estímulo moral que encontra “multiplicadores”; cultiva dons aquele que semeia princípios, alegrias, felicidade, risos, respeito, confiança, fraternidade. E será através da Literatura que estenderá estas virtudes, mais que conhecimentos, ao público que lê. Mais que informação, a Literatura prestará serviço de educação e consciência de cidadania pelo dever da inclusão, direito de todos. Assim, Caros Novos Companheiros, quinteto de Esperança que adentra ao mar de nossa Casa, desejamos que os turbilhões e redemoinhos da linguagem incorreta e maltratada sejam acalmados com sua palavra bem formulada, criativa, inspirada. Que a estética das figuras de linguagem deixe passar os seus leitores pelos abismos dos vícios semânticos, sem serem molestados. Cumprimentamos, pois, os novos acadêmicos que se integram à Academia Valadarense de Letras. Certamente, chegam para acrescentar significativos valores sociais e educativos, novos matizes à escrita, com personalidade própria, através de sua contribuição positiva para a formação de leitores pensadores, incentivando a presença da literatura em nossa Governador Valadares. A cidade os abraça com esperança renovada por ter seu nome uma vez mais reconhecido pela Educação que imprime, através da Cultura local, democrática, aberta, consciente de ordem e responsabilidade social. A bandeira da Ética, símbolo que motiva e exalta a Academia Valadarense de Letras, seja a Estrela Guia de seus passos ao encontro da vitória na luta pela boa Literatura, como todos merecem... e precisam.Nunca nos esqueçamos que escrever é desafio; que gostar de ler se alcança por conquista; e que, ambos, são elementos do grande tesouro que só pertence ao Homem: o dom da Comunicação.


    Saber sonhar, olhar, sentir, sorrir, viver.
    Saber receber, compreender, doar, participar, querer.
    Saber conhecer, reconhecer, compor, dispor, agradecer.
    Saber criar, gostar, amar, valorizar, conseguir.
    Saber chorar, retribuir, distribuir.
    Saber cantar, rezar... Saber... saber.
    De tudo, um pouco. Até mesmo, do nada...
    Por mim e... por você.
    BEM VINDOS! Produzam encantamentos! Por isso, estamos em festa!



  5. Maria Cinira dos Santos Netto
    Patrono: Euclides da Cunha

    Estamos longe de exercer a cidadania como a exercem os cidadãos de primeiro mundo. Para que isso aconteça, é necessário comprovar para nossos políticos que não somos tolos e que nossa memória está atenta aos fatos. Estamos cansados de propagandas enganosas, promessas que têm como única finalidade, ganhar voto dos incautos; aguardamos propostas de quem realmente conhece a administração pública e tenha como objetivo de governo, oferecer solução para nossos problemas.
    Neste período eleitoral, os candidatos se apoderam de nossos melhores sonhos e esperanças, enviando-nos mensagens de otimismo, mostrando objetivos, que se perseguidos e alcançados, trarão prosperidade para a população. Entretanto, não temos dúvidas de que esses objetivos serão abandonados, tão logo cheguem ao poder. Poder que inebria e vicia e, quando as metas pessoais são conseguidas, imediatamente os objetivos comuns, entre o candidato e o povo, são esquecidos. Tudo se torna difícil para seus eleitores, até uma entrevista pessoal. Seus olhos voltam-se tão somente para suas ambições pessoais, mesmo diante do peso da responsabilidade que o aguarda e dos sonhos que construiu na vida de cada um daqueles munícipes que lhe deram o poder.
    É utopia esperar que pratiquem condignamente seu dever para com os cidadãos que os elegeram e que tenham consideração com aqueles que o honraram com seu voto.
    Na verdade, no panorama atual que vivenciamos, não saberemos de quem cobrar após a proclamação do resultado final das eleições. Ao candidato ou àqueles que se colocam atrás de sua figura como se fossem uma sombra? Em determinados momentos ficamos em dúvida, sem saber quem é o candidato a prefeito: às sombras ou aquele que se propõe a governar a cidade?
    Será difícil para nós neste momento, encarar aquele que se oferece para ser o nosso líder, quando no futuro precisaremos obter autorização das suas sombras e não do candidato que elegemos. Precisamos ter certeza, antes de formalizarmos nossos votos, se a mensagem que recebemos é o pensamento do candidato ou de suas sombras? Haverá coerência entre suas palavras e as ações que o tornaram fonte de inspiração da população? Esse é o lado cruel da realidade e da convicção que estamos vivendo: a liderança está nas sombras, não nos candidatos.
    Para um gestor, os desafios são grandes, mas é preciso ir em busca da força e da eficiência de seus auxiliares.
    Saber compor uma equipe é o primeiro gesto de sabedoria de um líder; colegas e confrades sem postura, sem conhecimento e sem experiência, levam uma administração ao caos. Bons exemplos administrativos têm demonstrado que mesmo com recursos escassos, uma administração, com um líder empreendedor e competente, consegue atender às necessidades das pessoas com dignidade, visto que, numa administração exitosa, não pode faltar a força laboriosa daqueles que compõem um governo, daqueles que estão ali por vocação, e não por ambição pessoal.
    Empreendedorismo é um ato corriqueiro e necessário na personalidade de um gestor, pois desperta a necessidade de ir em busca da produtividade e da eficiência. Temos conosco a certeza atávica de que, a eleição atual repercutirá na história de nossa cidade. Nesta eleição estamos vivendo o momento pleno da democracia e da gratidão, sem dúvida, um grande avanço a ser comemorado.

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