Rss Feed
  1. Cidadania

    sexta-feira, 19 de outubro de 2012



    Maria Cinira dos Santos Netto
    Patrono: Euclides da Cunha

    Estamos longe de exercer a cidadania como a exercem os cidadãos de primeiro mundo. Para que isso aconteça, é necessário comprovar para nossos políticos que não somos tolos e que nossa memória está atenta aos fatos. Estamos cansados de propagandas enganosas, promessas que têm como única finalidade, ganhar voto dos incautos; aguardamos propostas de quem realmente conhece a administração pública e tenha como objetivo de governo, oferecer solução para nossos problemas.
    Neste período eleitoral, os candidatos se apoderam de nossos melhores sonhos e esperanças, enviando-nos mensagens de otimismo, mostrando objetivos, que se perseguidos e alcançados, trarão prosperidade para a população. Entretanto, não temos dúvidas de que esses objetivos serão abandonados, tão logo cheguem ao poder. Poder que inebria e vicia e, quando as metas pessoais são conseguidas, imediatamente os objetivos comuns, entre o candidato e o povo, são esquecidos. Tudo se torna difícil para seus eleitores, até uma entrevista pessoal. Seus olhos voltam-se tão somente para suas ambições pessoais, mesmo diante do peso da responsabilidade que o aguarda e dos sonhos que construiu na vida de cada um daqueles munícipes que lhe deram o poder.
    É utopia esperar que pratiquem condignamente seu dever para com os cidadãos que os elegeram e que tenham consideração com aqueles que o honraram com seu voto.
    Na verdade, no panorama atual que vivenciamos, não saberemos de quem cobrar após a proclamação do resultado final das eleições. Ao candidato ou àqueles que se colocam atrás de sua figura como se fossem uma sombra? Em determinados momentos ficamos em dúvida, sem saber quem é o candidato a prefeito: às sombras ou aquele que se propõe a governar a cidade?
    Será difícil para nós neste momento, encarar aquele que se oferece para ser o nosso líder, quando no futuro precisaremos obter autorização das suas sombras e não do candidato que elegemos. Precisamos ter certeza, antes de formalizarmos nossos votos, se a mensagem que recebemos é o pensamento do candidato ou de suas sombras? Haverá coerência entre suas palavras e as ações que o tornaram fonte de inspiração da população? Esse é o lado cruel da realidade e da convicção que estamos vivendo: a liderança está nas sombras, não nos candidatos.
    Para um gestor, os desafios são grandes, mas é preciso ir em busca da força e da eficiência de seus auxiliares.
    Saber compor uma equipe é o primeiro gesto de sabedoria de um líder; colegas e confrades sem postura, sem conhecimento e sem experiência, levam uma administração ao caos. Bons exemplos administrativos têm demonstrado que mesmo com recursos escassos, uma administração, com um líder empreendedor e competente, consegue atender às necessidades das pessoas com dignidade, visto que, numa administração exitosa, não pode faltar a força laboriosa daqueles que compõem um governo, daqueles que estão ali por vocação, e não por ambição pessoal.
    Empreendedorismo é um ato corriqueiro e necessário na personalidade de um gestor, pois desperta a necessidade de ir em busca da produtividade e da eficiência. Temos conosco a certeza atávica de que, a eleição atual repercutirá na história de nossa cidade. Nesta eleição estamos vivendo o momento pleno da democracia e da gratidão, sem dúvida, um grande avanço a ser comemorado.

  2. 0 comentários:

    Postar um comentário

Followers